em um dia de ritual

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terça-feira, 16 de março de 2010

Gerald brousseaw Gardner o que as pessoas sabem dele?

Gerald Gardner

Gardner nasceu em Blundellands, nas proximidades de Liverpool, Inglaterra no dia 13 de Junho de 1884. O seu pai foi
Juiz de Paz, pertencendo a uma família de comerciantes de madeira. A família de Gardner tem origem Escocesa, remontando
as suas raízes a uma mulher chamada Grissel Gardner, foi queimada como feiticeira no ano de 1610 em Newburgh. O avô de Gardner casou com uma senhora que supostamente teria sido feiticeira e muitos dos seus antepassados teriam assumidamente
capacidades psíquicas extraordinárias. Na sua família inclui-se também Alan Gardner, um comandante naval e mais tarde vice-almirante e membro da Câmara dos Lordes, o qual ganhou distinções como comandante do Channel Fleet que preveniu a
invasão de Napoleão Bonaparte em 1807.
Gerald Gardner tivera diversas carreiras e ocupações: funcionário de alfândega, plantador de seringueiras, antropólogo e,
finalmente, místico declarado. Era um nudista convicto, professava um perpétuo interesse pela “magia e assuntos do gênero”,
campo que para ele incluía tudo: desde os pequenos seres das lendas inglesas até as vítimas da Inquisição e os cultos secretos da antiga Grécia, Egito e Roma. Pertenceu à famosa sociedade dos aprendizes de magos chamada Ordem Hermética da Aurora Dourada.
Gardner enfureceu os círculos acadêmicos quando anunciou que as teorias de Margaret Murray eram verdadeiras. A feitiçaria,
declarou ele, havia sido uma religião e continuava a ser. Ele dizia saber disso simplesmente porque ele próprio era um
bruxo. Em 1952, seu surpreendente depoimento veio à luz com o lançamento de “A Feitiçaria Moderna”, o livro mais importante
para o renascimento da feitiçaria. Se a prática não havia desaparecido, como “A Feitiçaria Moderna”tentava provar, o próprio Gardner admitiu ao menos que a feitiçaria estava morrendo quando ele a encontrou pela primeira vez, em 1939.Gardner gerou muita polêmica ao afirmar que, após a catastrófica perseguição medieval, a bruxaria tinha sobrevivido
através dos séculos, secretamente, à medida que seu saber canônico e seus rituais eram transmitidos de uma geração para outra de feiticeiros. Segundo Gardner, sua atração pelo ocultismo havia feito com que se encontrasse com uma herdeira da antiga tradição, “a Velha Dorothy Clutterbuck”, que supostamente seria alta sacerdotisa de uma seita sobrevivente. Logo após esse encontro, Gardner foi iniciado na prática, embora mais tarde tenha afirmado, no trecho mais improvável de uma história inconsciente, que desconhecia as intenções da velha Dorothy até chegar ao meio da cerimônia iniciática, ouvir a palavra “Wicca” e perceber “que a bruxa que eu pensei que morrera queimada há centenas de anos ainda vivia”.
Considerando-se devidamente preparado para tal função, Gardner gradualmente assumiu o papel de porta-voz informal da prática. Assim, lançou uma nova luz nas atividades então secretas da bruxaria ao descrever em seu livro, por exemplo, a suposta atuação desses adeptos para impedir a invasão de Hitler na Inglaterra. De acordo com Gardner, os feiticeiros da Grã-Bretanha reuniram-se na costa inglesa em 1940 e juntos produziram “a marca das chamas” – umaintensa concentração de energia espiritual, também conhecida como “cone do poder”, para supostamente enviar uma mensagem mental ao Fuhrer: “Você não pode vir. Você não pode cruzar o mar”. Não se pode afirmar se o encantamento produziu ou não o efeito desejado mas, como Gardner salientou prontamente, a história realmente registra o fato de Hitler ter reconsiderado seu plano de invadir a Inglaterra na última hora, voltando-se abruptamente
para a Rússia. Gardner declara também, que esse mesmo encantamento teria, aparentemente, causado o desmoronamento da Armada Espanhola em 1588, quando muitos feiticeiros conjuraram uma tempestade que tragou a maior frota marítima daquela época.
Quando não reescrevia a história, Gerald Gardner assumia a tarefa de fazer uma revisão da feitiçaria. Partindo de suas próprias pesquisas sobre magia ritual, ele criou uma “sopa” literária sobre feitiçaria feita com ingredientes que incluíam fragmentos de antigos rituais supostamente preservados por seus companheiros, adeptos da prática, além de elementos de ritos maçônicos e citações de seu colega Aleister Crowley, renomado ocultista que se declarava a Grande Besta da magia ritual.
Gardner decidiu então acrescentar uma pitada de Aradia e da Deusa Branca e, para ficar no ponto, temperou seu trabalho incorporando-lhe um pouquinho de Ovídio e de Rudyard Kipling. O resultado final, escrito numa imitação de inglês elisabetano,engrossado ainda com pretensas 162 leis de feitiçaria, foi uma espécie de catecismo da Wicca, ressuscitado por Gardner.
Assim que completou o trabalho, seu compilador tentou fazê-lo passar por um manual de uma bruxa do século XVI, ou um Livro das Sombras.Esse volume transformou-se em evangelho e liturgia da tradição gardneriana da Wicca, como veio a ser chamada essa últimaencarnação da feitiçaria. Era uma “pacífica e feliz religião da natureza”, nas palavras de Margot Adler em
“Atraindo a Lua”.
As bruxas reuniam-se em assembléias, conduzidas por sacerdotisas. Adoravam duas divindades, em especial, o Deus das
florestas e de tudo que elas encerram, e a Grande Deusa tríplice da fertilidade e do renascimento. Nuas,
as feiticeiras formavam um círculo e produziam energia com seus corpos através da dança, do canto
e de técnicas de meditação. Concentravam-se basicamente na Deusa; celebravam os oito festivais pagãos da Europa,buscando entrar em sintonia com a natureza.
Como indaga o próprio Gardner em seu livro: Há algo errado ou pernicioso nisso tudo? Se praticassem esses ritos
dentro de uma igreja, omitindo o nome da Deusa ou substituindo-o pelo de uma santa, será que alguém se oporia?
Talvez não, embora a nudez ritualística recomendada por Gardner causasse, e ainda cause, um certo espanto.Mas para Gardner as roupas simplesmente impedem a liberação da força psíquica que ele acreditava existir no corpo humano. Ao se desnudarem para adorar a Deusa, as feiticeiras não só se despiam de seus trajes habituais,como também de sua vida cotidiana. Além disso, sua nudez representaria um regresso simbólico a uma era anterior
à perda da inocência.
A recomendação da nudez, acrescentada à defesa feita por Gardner do sexo ritualístico – O Grande Rito, como ele o chamava – virtualmente pedia críticas. Rapidamente o pai da tradição gardneriana ganharia reputação de “Velho Obsceno”.
Mas, sendo um nudista e ocultista vitalício, Gardner estava habituado aos olhares reprovadores da sociedade e em seu
livro “A Feitiçaria Moderna”, parecia antever as críticas que posteriormente receberia.
J. Gordon Melton, um ministro metodista e fundador do Instituto para o Estudo da Religião Americana, comentou que todo o
movimento neopagão deve seu surgimento, bem como seu ímpeto, a Gerald Gardner. “Tudo aquilo que chamamos hoje de movimento
da feitiçaria moderna pode ser datado a partir de Gardner”, declarou Melton.
Dúvidas e polêmicas sobre suas fontes à parte, a influência de Gerald Gardner no moderno processo de renascimento da Wicca é indiscutível, assim como seu papel de pai espiritual dessa tradição específica de feitiçaria que hoje carrega seu nome. Embora os métodos de Gardner revelassem um certo toque de charlatania e seus motivos talvez parecessem um tanto confusos, sua mensagem era apropriada para sua época e foi recebida com entusiasmo dos dois lados do Atlântico. Quer ele tenha ou não redescoberto e resgatado um antigo caminho de sabedoria, aparentemente seus seguidores foram capazes de captar em seu trabalho uma fonte para uma prática espiritual que lhes traz satisfação.
Além do mais, na condição de alto sacerdote de seu grupo, Gardner foi pessoalmente responsável pela iniciação de dúzias
de novos feiticeiros e pela criação de muitas novas assembléias de bruxos. Estas, por sua vez, geraram outros grupos, num processo que se tornou conhecido como “a colméia” e que, de fato, resultou numa espécie de sucessão apostólica cujas origens remontam ao grupo original criado por Gardner. Outras assembléias gardnerianas nasceram a partir de feiticeiras autodidatas, que formaram seus próprios grupos após ler as obras de Gardner, adotando sua filosofia.
Contudo, nem todas as feiticeiras estão vinculadas ao gardnerianismo. Muitas professam uma herança anterior a Gardnere desempenham seus rituais de acordo com diversos modelos colhidos das tradições Celta, Escandinava e Alemã. Além disso,alguns desses pretensos tradicionalistas declaram-se feiticeiros hereditários, nascidos em famílias de bruxos e destinados a transmitir seus segredos aos próprios filhos.
Bom histo é o que os criticos pregam a respeito de meu ancestral mas só quem sabe realmente quem foi gerald,maxinne,etc veio para o brasil em 1957 com sua esposa e seus 4 filhos vindo a falecer no dia
12de fevereiro de 1964



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